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Como superar os seus medos

“O que poderia acontecer no próximo mês para que a minha vida melhorasse?O que estou a adiar na minha vida?A confiança é um recurso que construo todos os dias, o que vou fazer hoje para aumentar a minha confiança em mim?O que posso fazer hoje para que a minha vida avance num sentido que gosto mais?”

O texto de hoje é sobre um exercício  simples. Durante o dia responda a estas questões. Tome o seu tempo, dê um belo passeio antes de responder.
Quando estiver a ser um desafio responder sozinho, pergunte a um amigo próximo:

  1. “O que me vez a fazer?”,
  2. “Quando viste que estava mesmo feliz?”.

Depois reflita.


O que os amigos dizem (e eu digo amigos não conhecidos), não é um dado adquirido, mas se gostam de nós e nos querem ver mesmo felizes, eles terão uma ideia. Por vezes têm uma ideia que nós já sentimos, mas que ainda não tínhamos conseguido materializar.Hoje só quero que se concentre no entusiasmo de prever o seu futuro ideal. Só isso.É dia de não pensar no passado e no presente, hoje é dia do seu projeto de vida.


Eu acredito que medo controla parte da vida do ser humano. Medo acaba por ter um papel enorme no que fazemos por nós.As pessoas não avançam porque têm medo.O medo deixa-as agarradas ao presente, ou mesmo ao passado.A palavra “medo” tem uma presença tão forte no nosso dia a dia que é algo assustador.


Há alguns milhões de anos isto seria normal, estávamos em permanente ameaça de animais e tribos. Hoje em dia, a maior parte dos medos que temos vêm de filmes que fazemos e que ainda nem sequer existem ou de padrões passados que nos provocaram dor e por isso decidimos não deixar ir.Mas a verdade é que a maior parte dos medos são cenários que criamos na nossa mente e não têm um fundamento de realidade.A ciência já provou que temos muito mais controlo sobre a nossa mente e sobre os nossos medos do o que nos é dito. É uma questão de ter consciência, e assim que a temos, podemos superá-lo.


Se pensarmos bem, o que nos provoca medo?O que é que receamos tanto que nos trará dor ou sofrimento?


Lembro-me do processo de perceber que o medo em nada beneficiava o meu sucesso profissional. Se pensarmos em situações de alto risco ter medo tem algum fundamento, será bom ter medo de saltar da Ponte 25 Abril, será bom ter medo de entrar num incêndio…, mas em termos de novos projetos, de sonhos, fará sentido sentir medo? O que de pior poderia acontecer se não desse certo?


Lembro-me de me fazer esta pergunta um milhão de vezes até que se tornou um hábito perguntar-me isto cada vez que o medo decidia aparecer.

Quando olhamos para as possibilidades do nosso dia a dia com alguma frieza e racionalização, sem dramatismos, elas deixam de ser tão assustadoras. É preciso distanciarmo-nos do drama e do negativismo para deixarmos de sentir medo.

 A confiança combate o medo


Quando queremos algo melhor para nós precisamos de adquirir confiança e competências sobre esse assunto e avançar. Este é o processo infinito do avanço e do sucesso: temos um novo desafio adquirimos competências mediante as necessidades, ao adquiro competências ficamos mais seguros, ficando mais seguros avançamos um pouco mais. Avançando mais vamos necessitar de novas competências, depois tornamo-nos mais confiantes e no final avançamos um pouco mais. Este é um processo infinito rumo a ganhar confiança e que é maravilhoso para acabar com o medo.


Quando temos medo, o mais normal é estarmos receosos de experienciar três tipos de dor nas nossas vidas e é preciso ter essas “dores” mais claras para percebermos o porquê do medo nos perseguir. Tomar consciência é importante para não nos sentirmos ameaçados ou travados pelo medo:
Podemos ter medo:

  1. De perder algo ou alguém
  2. Do que vamos passar no processo
  3. DE que o resultado final não seja como imaginámos

A dor de perder algo ou alguém. Esta dor vem de pensar que ao mudarmos algo nas nossas vidas poderemos estar a afastar alguém, a perder um emprego, a deixar de nos relacionarmos com pessoas a que nos habituámos ou a deixar de ter a realidade que temos. Como vamos perder algo, achamos que não queremos. Não queremos perder algo que é seguro, que neste momento sabemos que conhecemos e que, agora, é certo. Para combater este medo temos de nos focar no que vamos ganhar, e não, no que vamos perder… podemos ganhar mais liberdade, independência financeira, bem-estar emocional, amor próprio, mais desafios, crescimento, sucesso, novos amigos… é preciso acabar com algo que também falo neste livro: “e se…”

A dor do processo. Robin Sharma diz: “a mudança é dura no início, confusa a meio do processo, mas maravilhosa no final.” Passar por um processo de mudança pode ser duro, triste, esgotante, frustrante… pode testar os nossos limites. Fazer algo novo é duro. Ter uma nova realidade é difícil, o corpo demora tempo a adaptar-se às novas rotinas. Isto acontece a quem quer mudar de emprego, a quem quer deixar de fumar, a quem quer começar uma dieta, quem quer implementar novas rotinas de exercícios…. é preciso encarar o processo como algo maravilhoso de enfrentar porque vamos ser uma pessoa muito melhor. É olhar para a mudança com orgulho pela nossa capacidade de melhorar.

A dor do final. Esta dor vem porque temos medo que o final não seja exatamente como estamos a prever. A dor do final é ter medo dos nossos próprios sonhos, é pensar que se calhar estamos a imaginar um conto de fadas e os contos de fadas não existem.Quem disse?O que receamos é que se perdermos toda esta realidade em prole de um sonho incerto e esse sonho não se apresentar exatamente como esperávamos vamos ficar sem o que já tínhamos e  e isto é assustador.

Algumas perguntas que o podem travar são:E se o futuro não for melhor que o presente…? e se no fim de tudo… não mudar a minha vida?

Mais uma vez prendemo-nos ao “e se…”.O foco deve estar no que vamos conseguir alcançar e na possibilidade que temos de ir sempre arranjando soluções, ganhando mais competências, ganhando coragem e não desistindo.

Foque-se nos ganhos, no entusiasmo, na liberdade, no orgulho que vai ter de si e quanto será enriquecedor passar pelo processo.

Lembre-se que temos medo porque associamos o que queremos no futuro a resultados que já tivemos no passado. 



Uma ótima semana!

Bárbara